Arquivo mensais:maio 2015

A cor………è mobile

O mestre venezuelano da arte cinética: Carlos Cruz-Diez.
A cor e sua física.
O movimento (ilusório) e sua cinética.
Pela ótica da semiótica.
Não simplesmente a cor das coisas, mas a cor da forma.

carlos cruz-diez_w21mercurion

 

 

 

 

 

 

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O conteúdo não é um ponto de partida mas um ponto de chegada


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Tipografia 3D

Design é projeto.
A tipografia 3D precisa atender às necessidades do projeto para ter função efetiva. O que nem sempre é o caso. Quando não tem, é apenas uma “decoração” que não serve à comunicação.

Curadoria: Criatives.

3D_w21mercurion

 

 

 

 

 

 

 

 

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Os bons investimentos

2015 – 100 anos de Cortázar
Ultimo Round – 1969

Gómez é um homem modesto e quase invisível que só pede da vida um cantinho ao sol, um jornal com notícias e milho cozido com pouco sal, mas aí sim, com bastante manteiga. Ninguém pode então se surpreender que tão logo tenha reunido a idade e o dinheiro suficientes que esse sujeito se mude para o campo, procure uma área de colinas agradáveis ​​e vilarejos inocentes e compre um metro quadrado de terra para estar no que se pode chamar de sua casa.os bons investimentos (4)

Isto de um metro quadrado pode parecer estranho e o seria em condições normais, quer dizer, sem Gómez e sem Litério. Como Gómez não está interessado em mais do que um pedaço de terra onde possa instalar sua espreguiçadeira verde e sentar e ler o jornal e cozinhar o milho usando um aquecedor Primus seria difícil para alguém vender um metro quadrado, porque, realmente, ninguém tem um metro quadrado para vender, mas muitíssimos metros quadrados, e vender um metro quadrado no meio ou no final dos muitos outros metros quadrados de terra levanta problemas de cadastro, de convivência, de impostos, é ridículo, não se faz, e pronto.

reposera_bons investimentos (4)E quando Gómez, carregando a espreguiçadeira com o Primus e o milho começa a desanimar depois de ter percorrido grande parte dos vales e colinas, descobre que Litério tem entre dois terrenos um pedaço de terra medindo exatos um metro quadrado e que por se encontrar entre dois lotes comprados em momentos diferentes possui uma espécie de personalidade própria, ainda que em aparência não seja mais do que um pedaço de pasto com um cardo apontando o norte. O cartorário e Litério morrem de rir durante a assinatura da escritura, mas dois dias depois, Gómez já está instalado no seu terreno onde passa todo o dia lendo e comendo até que ao entardecer regressa ao hotel do vilarejo onde ele alugou um bom quarto, pois Gómez é meio louco, mas nada idiota, e isto até Litério e o cartorário estão prontos a reconhecer.

Assim o verão nos vales passa agradavelmente embora de quando em quando haja turistas que já OLYMPUS DIGITAL CAMERAouviram falar sobre o caso e se juntam para ver Gómez lendo em sua espreguiçadeira. Certa noite, um turista venezuelano se anima a perguntar a Gómez porque comprou somente um metro quadrado de terra e para que poderia servir essa terra, a não ser para se colocar uma espreguiçadeira, quando então o turista venezuelano e outros colegas estupefatos, ouvem esta resposta: – Você parece ignorar que a propriedade de uma terra se estende desde a superfície até o centro da terra: Imagine, então! – Não, ninguém imagina, mas todos têm uma visão de um poço quadrado que desce, desce e desce até não se sabe onde e que de alguma forma isso parece ser mais importante do que quando se tem treze hectares e se tem que imaginar um buraco de semelhante tamanho que baixe, e baixe e baixe. Assim, quando os engenheiros chegaram três semanas depois, todo mundo percebeu que o venezuelano não engoliu a pílula e suspeitou do segredo de Gómez, isto é, que nesta área deve haver petróleo.

os bons investimentos(2)_w21mercurionLitério é o primeiro a permitir que se arruínem seus campos de alfafa e de girassol com insensatas perfurações que enchem a atmosfera de fumaça insalubre, os demais proprietários perfuram noite e dia em todos os lugares e até mesmo no caso de uma pobre mulher que, entre lágrimas, tem que remover a cama de três gerações de camponeses honestos, porque os engenheiros localizaram uma área nevrálgica no meio do quarto. Gómez assiste de longe as operações sem preocupações maiores apesar de que o barulho das máquinas o distrai das notícias do jornal. Claro, ninguém disse nada sobre o seu terreno e ele não é o homem curioso e responde apenas quando perguntado, por isso diz não quando o enviado do consórcio petrolífero venezuelano se confessa vencido e vai até ele para que venda o metro quadrado, o emissário tem ordens para comprar a qualquer preço e começa a mencionar cifras que sobem cinco mil dólares os bons investimentos1_w21mercurionpor minuto, que depois de três horas, Gómez dobra a espreguiçadeira, guarda o Primus e o milho na pequena valise e assina um documento que o torna o homem mais rico do país, desde que seja encontrado petróleo em suas terras, o que acontece apenas uma semana depois, sob a forma de um jorro que deixa empapada toda a família de Litério e todas as galinhas da área.

 

Gómez muito surpreendido retorna para a cidade onde iniciou sua existência e compra um apartamento no último andar de um arranha-céu, porque aí tem um terraço a pleno sol para ler o jornal e cozinhar o milho sem que venham para distrai-lo venezuelanos malandros ou galinhas tingidas de preto com a indignação que sempre manifestam esses animais quando pulverizados com o petróleo bruto.

arranha ceu2_w21mercurion


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O cavaleiro

A cooptação do mobiliário urbano.
O humor nonsense de Sandrine Estrade Boulet. mínimo, sutil, inteligente.

Segundo ela própria, seu trabalho procura ser:
sensível
lúdico
positivo

Mas antes de tudo, imaginar imagens
que fazem bem, que fazem rir,
que quando se observa, se redescobre o quotidiano de uma forma feliz.

Não é pouco.

O cavaleiro

O cavaleiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Remix pictórico

O cubano-americano Cesar Santos, recombina pinturas conhecidas, alguns clássicos da história da arte, com retratos de pessoas contemporâneas, criando um novo elemento muito estranho.
É interessante como esta brincadeira delirante remete às obras originais e traz a tona toda a codificação da época de um modo que não percebemos quando olhamos a obra original.

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O desenho do design

 

 

jacob jensen

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando falamos de arte, não ficamos no terreno da teoria. A arte é uma coisa feita, executada, que nos remete sempre a duas questões básicas e simples:

  • por que isto foi feito assim?
  • como isto foi feito assim?

Como alguma coisa foi representada e o que isto significa. Quando queremos falar de arte em produtos industriais, ou seja, quando queremos falar de design, o por que isto foi feito assim?, como a coisa foi representada, adquire uma dimensão nova pois a forma em produtos industriais significa a adequação da representação à uma finalidade. Objetos industriais fazem alguma coisa útil. Não dá para falar de forma em produtos industriais sem pensarmos em por que esta forma se adequa ao fim utilitário? Estamos falando de projeto. E a arte em projeto é a arte do projeto, sem que isto seja, necessariamente, obra de arte.

http://www.nytimes.com/2015/05/22/business/jacob-jensen-designer-in-danish-modern-style-dies-at-89.html?_r=0

 

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Para uma espeleologia a domicílio

follon_w21mercurion

2015 – 100 anos de Cortázar
Ultimo Round – 1969

Os ritos de passagem da raça parecem oscilar monotonamente da história à vidência, das prestigiosas portas do passado às incertas do futuro. Os personagens de um romance de James Ballard, favorecidos por um mundo em revolta entropia tendem a organizar os seus sonhos na procura da verdade primordial, e mergulham oniricamente até as origens, refazendo o itinerário da espécie até redescobrir em suas visões as florestas de samambaias, o primeiro sol carregado de pólen vital, o inútil ponto de partida; os historiadores cheios de si mesmos, se lançam bêbados de passado em busca do sol do meio-dia, e vão caindo num despertar de catástrofe, onde os espera uma morte irrisória. De alguma forma, esta aberração parece um símbolo do homem moderno, vidente da história ou historiador da vidência, obstinado em crer que as portas (as bicudas) se abrem à suas costas ou no horizonte o aguardam (as de marfim). Cheguei a convencer-me de que estas portas são pintadas em uma parede de fumaça e papel. Falo agora de outra passagem que se deixa adivinhar through a glass, darkly. march-blind-spot-through-a-glass-darkly1961-L-KU1LO4Com o mais convencional dos sorrisos, Barba Azul ordena: “Jamais abra esta porta”, e a pobre moça que alguns chamam Anima não cumprirá o destino que a heroína da lenda propunha com um obscuro signo de cumplicidade. Não só não abrirá a porta, como seus mecanismos de defesa tornaram-se tão perfeitos que Anima não verá a porta, mas a terá ao alcance do desejo e seguirá buscando com um livro numa mão e uma bola de cristal na outra. Não queres a verdadeira chave, Anima? Em Judas pode-se ver a máquina necessária para a redenção teológica coagular-se no seu espantoso preço de madeiras cruzadas e sangue; Barba Azul, esta outra versão do Judas sugere que a desobediência pode operar a redenção aqui e agora, neste mundo sem deuses. Sob a luz de figuras arquetípicas qualquer proibição é um claro conselho: abre a porta, abre agora. A porta está a seu alcance, não é história ou profecia. Mas você tem que chegar até ela, e para vê-la, proponho sonhar posto que sonhar é um presente deslocado e realocado por uma operação exclusivamente humana, uma saturação de presente, um troço de âmbar cinza flutuando no futuro, ao mesmo tempo isolando-se dele na medida em que o sonhador está em seu presente, que incita fora de todo o tempo e espaço kantianos as desconcertadas potências de seu ser. Neste presente onde Anima ainda não sabe como usar suas forças liberadas, nessa pura vivência onde o sonhador e seu sonho não estão distanciados por categorias de entendimento, onde cada homem é ao mesmo tempo: o seu sonho, estar sonhando e ser o que sonha, a porta espera ao alcance da mão.
folon-w21mercurionNão tem nada mais que abri-la (“Jamais abra esta porta”, ordena Barba Azul) e o caminho é este: temos de aprender a despertar dentro do sonho, impor a vontade à realidade onírica em que até agora só se é passivamente: autor, ator e espectador. Quem chegar a despertar a liberdade no seu sonho terá franqueado a porta e terá ascendido a um plano que será por fim um novum organum. Vertiginosas sequelas se abrem aqui ao indivíduo e a raça: a de voltar da vigília onírica à vigília quotidiana com uma única flor entre os dedos estende a ponte de reconciliação entre a noite e o dia, e quebra a torpe máquina binária que separava Hipnos de Eros. Ou, mais lindamente, aprender a adormecer no coração do primeiro sonho para entrar em um segundo, e não só isso: despertar no segundo sonho e abrir outra porta, e voltar a sonhar e despertar no terceiro sonho, e sonhar novamente e despertar, como fazem as bonecas russas. “Jamais abra esta porta”, disse Barba Azul. O que farás, animula vagula blandula?

 

Anímula vágula blândula – último poema do Imperador Adriano, sobre a alma e a morte.
Imperador Adriano -76 DC
Tradução: Ivan Pérsio de Arruda Campos/Haroldo de Campos (filho em nome do pai)

Animula vagula blandula,
hospes comesque corporis,
qu[o] nunc abibis? in loca
pallidula rigida nu[bi]la –
nec ut soles dabis iocos.

Anímula vágula blândula
do corpo sempre hóspede e amiga
prá onde vais agora? lugares
tão pálidos gélidos núbilos…
…e não mais nos dás logojogos.

 

Nota: (anímula = pequena alma; vágula,de vaga, com o sentido de quem gosta de viajar, blândula, de branda = afável e núdula, de nua) e na escolha de núbilos (=obscuros, nublados)

http://www.revistas.usp.br/clt/article/viewFile/49418/53491

 Versão mais conhecida:

Animula vagula blandula,
hospes comesque corporis,
quae nunc abibis in loca
pallidula rigida nudula?
nec ut soles dabis iocos.

Anímula vágula blândula
do corpo sempre hóspede e amiga
a que lugares vais agora,
já pálida gélida núdula?
…e não mais nos dás logojogos.

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Dennis Hopper – fotógrafo de (artistas) rua

O ator Dennis Hopper, ademais de ator e diretor de Easy Rider, e de sua carreira como ator e diretor de cinema, se dedicou à fotografia, pintura e escultura. Conseguiu uma razoável aprovação crítica como fotógrafo.

 

Robert Rauschenberg, 1966

Robert Rauschenberg, 1966

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dennis Hopper – fotógrafo de (artistas) rua

 O ator Dennis Hopper, ademais de ator e diretor de Easy Rider, e de sua carreira como ator e diretor de cinema, se dedicou à fotografia, pintura e escultura. Conseguiu uma razoável aprovação crítica como fotógrafo.

 

Paul Newman, 1964
Paul Newman, 1964

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dennis Hopper – fotógrafo de (artistas) rua

O ator Dennis Hopper, ademais de ator e diretor de Easy Rider, e de sua carreira como ator e diretor de cinema, se dedicou à fotografia, pintura e escultura. Conseguiu uma razoável aprovação crítica como fotógrafo.

Andy Warhol, Henry Geldzahler, David Hockney and Jeff Goodman, 1963

Andy Warhol, Henry Geldzahler, David Hockney and Jeff Goodman, 1963

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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